Eu ouvi várias pessoas falando do
amor. Muitos livros contavam lindas histórias de amor e até mesmo a bíblia
citava versículos sobre amor. Durante toda a minha vida, tive sede de
conhecimento. Sempre achei que nunca era demais aprender mais um pouco. Olhar a
vida como ela realmente é, saber que nem tudo que dizem ser real, realmente o
é.
Mas, sabemos que o amadurecimento
pessoal faz parte de todos, e mesmo com todas as aulas teóricas sobre a vida, é
na hora de fazermos a prática que descobrimos o que realmente aprendemos. No texto
de hoje tentarei explorar e mostrar a todos a minha visão sobre o amor. Espero que
vocês gostem e vejam tudo com novos olhos.
Na noite em que escrevi esse
texto, eu percebi que o amor é algo que faz parte da subjetividade humana. Com
isso, o tenho como uma das funções básicas do psicológico do ser. E sim, ele o
é. Quando falamos em amor, a primeira coisa que nos vem à memória é a cena de
um lindo casal apaixonado se beijando ao pôr do sol em uma linda praia. Mas isso
não é amor. No mundo atual descrito por Zygmunt Bauman como um mundo líquido e
de relações líquidas, ou seja, um mundo que a todo momento muda e que as
relações estão baseadas em princípios líquidos e instáveis que a qualquer
momento podem acabar, é imprescindível sabermos diferenciar amor de qualquer
outra coisa.
Primeiramente ao conceituarmos
amor, temos que este é um sentimento vindo da psique humana e que é em sua
essência um conceito abstrato. Ou seja, é um conceito que pode ser visto de
maneiras diferentes. Logo, podemos perceber que o amor é algo subjetivo e que
cada individuo tem dentro de si sua maneira de amar.
Mas, será que amamos da mesma
maneira durante toda a vida? Não, o amor que sentimos hoje é diferente do amor
que sentimos ontem e será diferente do amor que sentiremos amanhã. Com isso,
podemos então pensar em um possível amor líquido. Ou seja, o amor pode ser
descrito como um rio corrente que muda suas águas todos os momentos,
impossibilitando assim com que uma pessoa possa banhar-se duas vezes no mesmo
rio, visto que as águas daquele rio já passaram. Pensamento esse abordado pela
filosofia por Heráclito de Éfeso.
Logo vemos uma definição mais
ampla de amor. O amor é um sentimento formado pela subjetividade humana e também
um conceito abstrato que reforça o poder da individualidade do individuo e de
sua autonomia quanto a ela. Mas, será que posso controlar o amor? Dizem por aí
que no coração ninguém manda, entretanto peço desculpa a vocês meus queridos
leitores, mas nós não amamos com o coração, amamos com o cérebro. Então a
resposta para a pergunta é sim, podemos controlar o que amamos, como amamos,
por que amamos e quando amamos.
Vale salientar aqui também o
conceito de atração para que não nos sintamos muito incomodados. Segundo o Aurélio,
atração é uma força que faz com que um corpo se desloque para junto de outro. Mais
afundo o Aurélio brasileiro também descreve atração como encanto. A partir daí
podemos concluir que quase sempre estamos atraídos e não amando.
Então, como amar alguém? Simples,
tudo começa com a atração. Creio que você já tenha ouvido ou até mesmo dito a
expressão “amor à primeira vista”, na verdade esse tipo de amor é uma simples
atração que leva você a gostar logo no primeiro contato com a pessoa. A partir
daí você vai se aproximar dessa pessoa, e somente depois de conhecer alguém que
você poderá dizer se você ama a pessoa ou não. Então queridos leitores, PAREM
de dizer EU TE AMO logo no segundo encontro, por favor.
Continuando meu pensamento,
amamos por que sentimos a necessidade de alguém ao nosso lado para tudo, somos
incapazes de fazermos as coisas sós. E isso é uma virtude do ser humano, pois é
exatamente partindo dessa necessidade que podemos socializar e tocar nossa
sociedade pra frente. É nas nossas diferenças que nos tornamos iguais.
Por fim, quero dizer a vocês que
amar é realmente legal. E que amar e ser amado é legal do mesmo jeito. Kkk. Desculpem
se saí um pouco do padrão, mas creio que aqui todos sabem que um dia terão de
amar alguém. E quando isso acontecer é você quem decidirá no seu cerebrozinho
se vai deixar isso acontecer. Só quero que saibam de uma coisa, existem três
coisas que fazemos e não podemos mais voltar atrás: a primeira é uma palavra
dita, a segunda é uma flecha lançada e a última é uma oportunidade perdida. Desejo
o melhor a vocês e amem muito, muito mesmo.